Brasileirão 2021 : Os indicadores mais importantes para acompanhar
Pelo segundo ano consecutivo, o campeonato brasileiro vai começar sem presença de público e com um mês de atraso em comparação ao calendário normal até 2019. Falar mais uma vez sobre a necessidade de rever o calendário é chover no molhado e para isso formamos um grupo de estudo visando melhorias que em breve será divulgado e debatido.
Com a fórmula de disputa consolidada desde 2003 e com 20 integrantes desde 2006, este é o período mais longo de estabilidade na fórmula de disputa. Algo inédito para um campeonato que fórmula de disputa e número de times alterados praticamente todos os anos. Apenas em 1991, 1996, 1998, 1999, 2001 e 2002 tiveram fórmulas similares. Para quem quiser se aprofundar na história do Brasileirão vale a pena esse post do Futbox.
Os pontos corridos praticamente não trazem surpresas em termos de desempenho, onde os times de melhores performances terminam nas primeiras posições e os piores acabam brigando para fugir do rebaixamento. Devido a essa situação, é possível fazer projeções com base em diferentes indicadores que vão dando pistas durante o campeonato sobre os times que irão brigar pelas primeiras posições e quais times irão ficar na parte de baixo da tabela tentando fugir do Z4.
Pelo histórico estatístico desde 2006 os indicadores abaixo são os que mais apontam o provável campeão:
1) Melhor visitante - 12 edições
2) Líder na rodada 29 - 11 edições
3) Melhor defesa / Líder na rodada 19 - 10 edições
4) Melhor ataque - 8 edições
Ao se fazer uma regressão multivariada, algumas significâncias chamam a atenção:
1) Vitórias: 0,9627
2) Saldo de gols: 0,8786
3) Pontos como mandante: 0,8468
4) Pontos na rodada 29: 0,8216
Juntando as frequências e as significâncias, o número de vitórias, liderança na rodada 29 e ser o melhor mandante não são surpresas pois é o esperado de um time campeão em campeonato de pontos corridos. Por outro lado, ser o melhor visitante e ter o melhor saldo de gols são dois indicadores que não chamam a atenção no geral, mas que demonstram fortes indícios do futuro campeão.
A média de pontos da equipe campeã é de 76 pontos, mas como em apenas uma edição o vice campeão fez 74 pontos, qualquer equipe que pretende conquistar o título precisa se planejar para conquistar no mínimo 73 pontos.
Um fator que está se alterando é o número de campeões estaduais que ganharam o Brasileirão na mesma temporada. Na década de 2000 apenas 2 times foram campeões estaduais e nacionais. Já na década de 2010 foram 5 times.
Referente ao G4, a regressão multivariada demonstra as seguintes significâncias:
1) Vitórias: 0,9314
2) Pontos na rodada 29: 0,8612
3) Saldo de gols: 0,8546
4) Pontos como visitante: 0,6535
Novamente o saldo de gols aparece como um quesito que indica uma provável classificação na quarta posição além de uma boa pontuação como visitante. A média de pontos para o G4 é de 69 pontos.
Ao se analisar os indicadores que demonstram a tendência de rebaixamento, as significâncias são muito similares a campanha do campeão, mas de forma oposta em termos de aproveitamento:
1) Menos vitórias: 0,9142
2) Menor saldo de gols: 0,8263
3) Menos pontos na rodada 29: 0,8159
4) Menos pontos como mandante: 0,7883
Novamente o saldo de gols é um indicador que passa despercebido e que deveria ser melhor observado como um determinante importante para a classificação final em praticamente todas as disputas. A média de pontos para não ser rebaixado é de 37 pontos.
Nos últimos 6 anos , a média de times que sobem da série B e são rebaixados no ano seguinte é de 2 times. Na última edição esse número caiu para apenas 1. Veremos se a média se manterá nesta edição.
Como costumo efetuar todos os anos, na rodada 10 publicarei o primeiro post com as primeiras análises.
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