Lições da Copa 2018



Mais uma Copa do Mundo se encerrou e tivemos muitos aprendizados que servem tanto para o futebol, como para o mundo corporativo e para nossas vidas.

Universalização do Conhecimento

Nesta Copa do Mundo nunca houve tanto conhecimento disponível para todas as seleções, com analistas de desempenho, mapas de calor, estatísticas individuais e coletivas. Com tanta informação todas as seleções puderam se preparar tão bem para aproveitar os pontos fracos dos adversários. Grande exemplo foi o que o treinador da Bélgica fez no jogo contra o Brasil. As informações estão disponíveis para qualquer organização, portanto transformar informação em conhecimento e em vantagem competitiva nunca foi tão possível como nos tempos atuais.

Eficácia dos Recursos disponíveis

Como os principais jogadores do mundo jogam nas principais ligas europeias, todas as seleções do mundo podem aproveitar desta troca de conhecimento. Com tanto acesso ao conhecimento disponível, independente do número de habitantes de cada país, é possível praticar um futebol competitivo como vimos nas belas atuações da Croácia, Islândia e Irã. Seleções de maior tradição foram eliminadas por países menos tradicionais mas muito eficazes como Bélgica, Suécia e Rússia. A marca continua importante, mas se as organizações não forem eficazes, podem perder território para marcas mais eficazes mesmo não sendo tradicionais.

Força Mental

Muito se falou de força mental durante toda a Copa do Mundo, e vimos que seleções tradicionais como Brasil foram eliminadas por falta de equilíbrio emocional em momentos de dificuldades nos jogos. Em momentos decisivos a parte psicológica e comportamental fez toda a diferença, tanto na parte ofensiva como defensiva. Em qualquer situação das nossas vidas a força mental, a inteligência emocional fazem diferença e podem por tudo a perder mesmo com pessoas talentosas para execução das funções.

Metas Claras e definidas

A França e a Croácia foram os maiores exemplos de terem claramente um plano de jogo, com funções bem definidas, pois ambas equipes não mudaram seus planos em momentos de dificuldades, o que não afetou a parte psicológica, mantendo o rendimento em alto nível tanto individual como coletivamente. Em qualquer organização, caso as pessoas não tenham metas claras e não se sintam capazes e confiantes para execução tanto individual como coletiva, com certeza afetarão os resultados.

Transparência e Tecnologia

O VAR teve papel fundamental em várias decisões da arbitragem, o que acabou trazendo maior transparência nas decisões e respeito por parte dos jogadores e torcedores. Cada vez mais a tecnologia deve ter papel preponderante na clareza das decisões, o que deve aumentar a credibilidade em todos os segmentos.

Foco no Cliente

A festa dos torcedores, a alegria das torcidas, os serviços, a qualidade do atendimento mostram que não há negócio que prospere sem que o cliente seja o foco. Organizações que ainda possuem foco personalista, em relações políticas ou em jogos internos de poder estão fadadas ao fracasso em longo prazo.


A Copa do Mundo demonstrou que, com a democratização do conhecimento, intercâmbio de experiências e aumento da tecnologia disponível, marcas menos tradicionais podem  fazer diferença e mudar o cenário atual. Otimizando os recursos disponíveis, criando vantagens competitivas, com estratégia clara e bem executada e com pessoas com inteligência emocional e força mental que afetem positivamente no desempenho coletivo e individual, é possível render em alta performance, atingir e superar resultados, transformando organizações em verdadeiras campeãs em seus respectivos segmentos.

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