O consumo per capita das maiores torcidas do Brasil
Na semana passada efetuei uma análise sobre a efetividade das atuais gestões em converter a sua base em sócio torcedores, em bilheteria e sócios do clube social. Houve um ajuste na análise pois faltaram os dados de faturamento de bilheteria do Grêmio.
Pelo segundo ano consecutivo, efetuei um estudo visando calcular qual seria o consumo per capita dos torcedores das maiores torcidas do Brasil.
Os dados foram coletados do relatório no site Sports Value. O número de torcedores foi baseado na última pesquisa Datafolha de abril de 2018. Apesar do faturamento com bilheteria não constar no balanço de Corinthians, Grêmio e Fluminense, para não haver distorção na análise, foi considerado o faturamento bruto coletado no site globoesporte.com.
Na tabela abaixo podemos observar ranking de consumo per capita considerando como base o total de torcedores em todo o território nacional:
Nessa análise é possível verificar que, como no ranking anterior, o Botafogo é o grande destaque com faturamento de 42 milhões/ torcedor. Em seguida, novamente os destaques são o Atlético Paranaense, Coritiba e Grêmio, muito eficazes na conversão de torcedores em consumidores. Destaque para o tricolor gaúcho pelo grande salto em comparação ao ano anterior.
Posteriormente, um segundo grupo de times se destacam: Palmeiras, Bahia, Internacional, Fluminense e Sport. O alviverde juntamente com o tricolor carioca permaneceram no mesmo nível de faturamento com torcedores em comparação ao ano anterior. Os outros três times não constavam no primeiro ranking, mas vale a pena ressaltar a efetividade da conversão dos torcedores em consumidores, pois estão a frente de vários gigantes do futebol brasileiro.
Posteriormente, um segundo grupo de times se destacam: Palmeiras, Bahia, Internacional, Fluminense e Sport. O alviverde juntamente com o tricolor carioca permaneceram no mesmo nível de faturamento com torcedores em comparação ao ano anterior. Os outros três times não constavam no primeiro ranking, mas vale a pena ressaltar a efetividade da conversão dos torcedores em consumidores, pois estão a frente de vários gigantes do futebol brasileiro.
Uma possível constatação desse ranking pode ser devido a outras fontes de receita (ex: cotas de TV e patrocínio) ser inferior aos times de maior torcida, fazendo com que tenham que buscar outras fontes de receita, demonstrando uma possível maior eficácia do departamento de marketing/comercial desses times em comparação aos times de maiores torcidas. Outra forma de avaliar essa análise pode ser o um maior nível de engajamento dos torcedores desses times em comparação aos outros nove.
O terceiro grupo é formado pelos dois times de Minas Gerais e o Santos. Destaque para o Cruzeiro, que aumentou em 50% o faturamento com seu torcedor. Por outro lado o Atlético Mineiro caiu seis posições, com perda de 40% do seu faturamento em comparação a 2016.
Nas últimas posições do ranking per capta aparecem quatro das cinco maiores torcidas do Brasil. Destaque negativo para o Vasco da Gama, que pelo segundo ano permanece na última posição e praticamente com o mesmo faturamento por torcedor, demonstrando a ineficiência do seu departamento de marketing em converter seus torcedores em consumidores.
Apesar dos times mais populares do Brasil aparecerem na penúltima e anti penúltima posições, houve um grande aumento no consumo per capta dos dois times. O Flamengo praticamente dobrou seu faturamento com seus torcedores e o Corinthians aumentou em 30% seu faturamento.
Nas últimas posições do ranking per capta aparecem quatro das cinco maiores torcidas do Brasil. Destaque negativo para o Vasco da Gama, que pelo segundo ano permanece na última posição e praticamente com o mesmo faturamento por torcedor, demonstrando a ineficiência do seu departamento de marketing em converter seus torcedores em consumidores.
Apesar dos times mais populares do Brasil aparecerem na penúltima e anti penúltima posições, houve um grande aumento no consumo per capta dos dois times. O Flamengo praticamente dobrou seu faturamento com seus torcedores e o Corinthians aumentou em 30% seu faturamento.
Uma forma de se avaliar esse ranking de consumo per capita é o potencial de compra de cada torcedor. Partindo desse pressuposto segue um comparativo entre os rivais da mesma cidade:
São Paulo
- 1 torcedor do Palmeiras consumiu o mesmo que 4 torcedores do Corinthians;
- 1 torcedor do Palmeiras consumiu o mesmo que 3 torcedores do São Paulo;
- 1 torcedor do Palmeiras consumiu o mesmo que 2 torcedores do Santos;
- 1 torcedor do Santos consumiu o mesmo que 2 torcedores do Corinthians.
Rio de Janeiro
- 1 torcedor do Botafogo consumiu o mesmo que 28 torcedores do Vasco;
- 1 torcedor do Botafogo consumiu o mesmo que 10 torcedores do Flamengo;
- 1 torcedor do Botafogo consumiu o mesmo que quase 4 torcedores do Fluminense;
- 1 torcedor Fluminense consumiu o mesmo que 7 torcedores do Vasco;
- 1 torcedor do Botafogo consumiu o mesmo que 10 torcedores do Flamengo;
- 1 torcedor do Botafogo consumiu o mesmo que quase 4 torcedores do Fluminense;
- 1 torcedor Fluminense consumiu o mesmo que 7 torcedores do Vasco;
- 1 torcedor do Fluminense consumiu o mesmo que 2,5 torcedores do Flamengo;
- 1 torcedor do Flamengo consumiu o mesmo que quase 3 torcedores do Vasco.
Rio Grande do Sul
- 1 torcedor do Grêmio consumiu o mesmo que 1,5 torcedores do Internacional.
Belo Horizonte
- 1 torcedor do Atlético Mineiro consumiu praticamento o mesmo que 1 torcedor do Cruzeiro.
Salvador
- 1 torcedor do Bahia consumiu o mesmo que 2,5 torcedores do Vitória.
Os dados da tabelas acima são muito similares ao ranking do estudo sobre a efetividade dos times em transformar a base de torcedores em consumidores ativos. Nos dois estudos os destaques positivos e negativos são praticamente os mesmos, demonstrando quem está fazendo melhor trabalho com seus torcedores e os times que estão deixando a desejar nesse quesito, mesmo tendo uma base de torcedores muito maior.
Os dados são superficiais e precisam ser aprofundados, mas já servem como um parâmetro para os torcedores avaliarem como os times estão trabalhando sua base e também para os possíveis patrocinadores avaliarem o potencial de consumo dos torcedores de cada time.
Mais uma vez podemos verificar quanto os times com maiores torcidas do Brasil estão perdendo possibilidades de aumentar seu faturamento com a base de torcedores. Os motivos dessa baixa efetividade precisam ser investigados com mais detalhes para ser possível implementar estratégias que possam alterar esse cenário.
Pesquisar cada vez mais é preciso!!
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