Público e Renda: Campeonato Brasileiro 2017 R24
Despencando.
Ao final da rodada 21 iniciei o post com uma interrogação. Após a rodada 24 a pergunta virou afirmação, pois foram 4 rodadas em que a média de público pagante baixou dos 16 mil. Parece que o viés de baixa permaneça tanto na média de público pagante, como na renda bruta e ticket médio, além da taxa de ocupação estar estabilizada nos 42%.
Até a rodada 22 Corinthians e Palmeiras eram os grandes responsáveis pelas maiores médias, mas a torcida do São Paulo, engajada pela causa de ajudar o time a sair da zona de rebaixamento, está fazendo sua parte e após a rodada 24 se consolidou como a segunda maior média de público pagante do campeonato.
Um fator que pode ter colaborado pela queda da média de público pagante do Palmeiras é a falta de perspectiva de mudar o atual cenário no Brasileirão e também o último jogo ter sido no Pacaembu, onde a torcida palmeirense comparece em menor número além do horário da segunda feira as 20h não ser um dos mais atrativos para o torcedor em 2017.
A média de público pagante no Allianz Parque é de 33.331, no Pacaembu a média cai para 26.529 pagantes, além do ticket médio no Allianz Parque ser quase o dobro do que no Pacaembu, demonstrando o valor percebido pela torcida do Palmeiras pela sua nova arena.
Como o São Paulo não jogou como mandante e o Palmeiras com a torcida menos empolgada, a única partida que teve maior destaque de público foi o jogo do líder Corinthians contra o Vasco com 41.235 pagantes, renda bruta de R$ 2,436 milhões, 92% de taxa de ocupação e ticket médio de R$ 59,08.
As notícias da semana referente às mudanças no Profut são sinais nada promissores em termos de uma visão mais profissional do negócio futebol no Brasil, passando uma mensagem nada atrativa para o mercado, permanecendo a percepção que a política e os interesses pessoais e corporativos são mais importantes que a visão de negócio profissional e de gestão responsável.
Dessa forma, o questionamento que fiz no post da semana passada sobre a falta de preocupação dos envolvidos no produto Campeonato Brasileiro em aumentar a presença de público nos estádios e arenas, vai de encontro com a decisão desta semana referente ao Profut e é totalmente contraditória com a visão de negócio e preocupação com o produto como faz Liga Espanhola , com punições a times com baixa taxa de ocupação.
A sensação, não só no futebol, mas no esporte e no Brasil como um todo, é que as coisas estão regredindo e/ou as forças reacionárias estão conseguindo atingir seus objetivos, evitando avanços e uma visão progressista tanto para o país como para o esporte brasileiro.
Parafraseando o grande Renato Russo: Que país é esse??
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