Índice de Protagonismo dos Principais Clubes do Brasil Versão 2016



Pelo sexto ano consecutivo publico o balanço do Futebol Brasileiro. Devido a várias formas de se medir os títulos e classificações, resolvi renomear essa análise como um ranking de índice de protagonismo dos principais clubes brasileiros.

Considero que esta análise possa servir para projeções futuras, histórico do passado e algumas conclusões interessante sobre a performance recente dos principais clubes do Brasil.
Foi considerado como ponto de partida o Campeonato Brasileiro de 2006, quando se consolidou  o número de 20 equipes na primeira divisão.
Devido ao aumento do número de clubes classificados para a Libertadores da América para os 6 primeiros classificados do Brasileirão e também pela ascensão da Chapecoense, à partir de 2016 o Atlético Paranaense e a Chapecoense também farão parte deste ranking. 
Caso algum novo clube se classifique no G6 nos próximos anos, também será inserido no ranking. Por outro lado, se algum dos times que não fizerem parte dos 12 principais clubes não pontuarem em 3 anos, serão retirados do ranking.
As análises foram efetuadas baseadas nas performances das equipes nos seguintes campeonatos:
- Estaduais do SP / RJ / MG / RS/ PR / SC
- Copa do Brasil
- Campeonato Brasileiro Série A
- Taça Libertadores da América
- Copa Sul-americana
- Campeonato Mundial de Clubes

- Recopa Sul-americana

OBS 1: Não existem pesos diferentes para cada campeonato, o que se pretende medir é o índice de protagonismo dos principais clubes brasileiros em todos os campeonatos disputados durante a temporada.

OBS 2: Não é considerado título de Série B.
OBS 3: foi considerado G6 apenas à partir de 2016.
Seguem abaixo as conclusões para análise, críticas e sugestões:

Performance dos principais times do Brasil nos últimos 11 anos
Time
Títulos Conquistados desde 2006
Participação em Finais * e/ou G6
Títulos em 2016
Posição em 2015
1) Internacional
14
5
01 Estadual
1
2) Santos
10
5
01 Estadual
2
3) Corinthians
8
3
  0
3
4) Atlético Mineiro
8
4
  0
5
5) Flamengo
8
3
  0
4
6) Cruzeiro
7
6
 0
6
7) São Paulo
4
5
0
7
8) Grêmio
4
6
01 Copa do Brasil
9
9) Fluminense
4
4
0
8
10) Palmeiras
4
1
01  Brasileiro
11
11) Chapecoense
4
0
01 Estadual 
01 Sulamericana
13
12) Botafogo
3
2
0
10
13) Vasco
3
2
01 Estadual
12
14) Atlético Paranaense
2
2
01 Estadual
14
*   Finais - Copa do Brasil, Sul-Americana, Libertadores, Mundial de Clubes.

Análise do Ranking 2016
  • O Top 3 se mantem o mesmo desde 2014; 
  • Flamengo e Corinthians disputam a terceira posição desde 2011, com três presenças cada um no Top 3; 
  • Internacional e Santos permanecem nas duas primeiras posições desde 2012, mas suas posições estão sendo garantidas pelos títulos estaduais;
  • O Atlético Mineiro saltou do 11º lugar em 2011 e agora ocupa a quinta posição devido ao vice campeonato na Copa do Brasil. Foram 6 títulos nos últimos 4 anos. Continua sendo o clube com maior evolução nos últimos 4 anos;
  • O Grêmio, após 6 anos, subiu 1 posição devido a conquista da Copa do Brasil. Até 2015, havia sido a maior queda dos últimos 5 anos; caindo do 5º lugar em 2011 para a nona posição no ano passado;
  • O Palmeiras vem subindo no ranking, saindo do décimo segundo lugar em 2011 para o décimo lugar em 2016, com três títulos nos últimos 5 anos;
  • O Vasco permanece pelo quinto ano consecutivo em último lugar dos 12 principais times do Brasil;
  • Com a arrancada da Chapecoense nos últimos anos, o time de Chapecó e sua ótima gestão entra no ranking na frente de Botafogo e Vasco. Devido ao trágico acidente deste ano, teremos que avaliar se a equipe vai conseguir se manter o mesmo nível de competitividade;
  • O Atlético Paranaense aparece na última posição, mas devido sua boa gestão nos últimos anos, tem potencial para ascender no ranking nos próximos anos.

Neste ano ficou claro o papel de uma gestão competente nos resultados em campo. Na maioria dos casos os resultados não são colhidos em curto prazo, com performances abaixo do esperado dentro de campo. Quando há uma estratégia clara e todos os dados demonstram que estão no caminho certo, mesmo com pressões externas, a gestão deve permanecer agindo da mesma forma. Flamengo, Palmeiras são provas concretas de uma boa estratégia sendo bem implementada pelos gestores.
Por outro lado fica claro que uma má gestão, sem uma estratégia clara e cedendo a pressões externas, levam a resultados ruins dentro e fora de campo. Equipes com Corinthians e Internacional são provas de uma má gestão por falta de estratégia clara ou por não ter convicção na mesma.
Como previsto em 2015, Palmeiras e Flamengo, pela boa gestão, pelo potencial de arrecadação e pelas contas equalizadas, estão com todas as condições de subirem no ranking com potenciais novas conquistas nos próximos anos.
Santos possui boa gestão no futebol, mas fora de campo ainda precisa equalizar melhor as suas contas, além de não ter potencial de arrecadação igual a Palmeiras e Flamengo. Devido a essa situação sua posição no ranking pode ser mantida com títulos regionais e boas classificações nos torneios que disputará.
O Atlético Mineiro é uma incógnita, pois não fica claro qual a sustentabilidade e equilíbrio das suas receitas e despesas pois seus gastos com o departamento de futebol são muito altos em comparação às receitas, mesmo que tenha aumentado bastante recentemente com as conquistas em campo nos últimos anos.
Corinthians, São Paulo, Internacional e Cruzeiro eram as referências de gestão nos últimos 10 anos e recentemente estão passando por uma fase de se reavaliar a forma de gestão, pois é necessário sempre se atualizar para se manter no topo, e os 4 times não fizeram essa reciclagem nos seus gestores nem na forma de se gerir os clubes. Devido a essa situação os 4 times correm riscos de caírem no ranking nos próximos anos.
Devido a frágil situação nos clubes brasileiros no quesito profissionalismo da gestão, onde as forças políticas ainda afetam diretamente na gestão do negócio, os clubes que hoje estão se destacando podem sofrer as mesmas consequências que os 4 times citados caso não conseguirem blindar o futebol da política que ainda impera nas tomadas de decisão da grande maioria das organizações esportivas brasileiras.

Vamos ver como evoluirão os principais clubes brasileiros no ano que vem. Em 2017 tem mais.


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