Tabacaria






Para terminar 2013, quero compartilhar com vocês um trecho do poema " Tabacaria" de Álvaro de Campos.

Li este poema hoje nas paredes do Metrô Vila Madalena, voltando da São Silvestre, uma prova que foi uma metáfora da minha história durante este ano que se vai e deixará fortes marcas em minha vida.

Tenho convicção que, de uma forma muito mais ampla do que os últimos anos, terei pela frente um Ano Novo, uma nova história, com muito mais luz e vida, diferente das trevas em que me embriaguei pelos últimos anos, culminando com o desfecho em 2013.

Como a última frase deste trecho do poema, provarei à partir de 2014 que também sou sublime, e não desperdiçarei nenhum momento da minha vida vestindo o dominó errado que eu deixei que me vestissem por muitos e muitos anos.

Feliz 2014!!!!!

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.




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