Pós Jogo : 3 em 1
Com o início das
rodadas de meio de semana do Brasileirão e também com o tempo um pouco apertado,
não teve post de pós-jogo das últimas três rodadas.
Para os que têm mais
de 30 anos, todos vão se lembrar dos famosos aparelhos de som 3 em 1 da
Gradiente, Panasonic, Sony, etc. Era muito legal ter aquele aparelho com rádio,
toca fitas e toca disco. Existia a versão compacta e também as moduladas. Eu me
lembro muito bem dos nossos primeiros aparelhos de som. Por falta de verba meu
pai comprou primeiro somente o toca fitas e o rádio da Gradiente, dessa forma
eu tinha que ter muita fita K7 para gravar tudo que tocava nas rádios ou
comprar as fitas dos meus ídolos. Depois de 1 ano veio o tão esperado toca
discos, que de verdade abriram as portas do mundo do rock and roll para aquele
garoto pré adolescente.
Em ritmo retrô do 3 em
1, vamos dar uma acelerada no pós jogo dessa semana que passou.
Voltando a ser Grande
A sensação que os
jogadores, torcedores e adversários após a grande partida que fizemos contra os
bambis no domingo passado foi a que o Palmeiras voltou a ser Grande, Respeitado,
Temido.
Fizemos uma partida de
muita superação, dedicação, entrega. Os bambis ficaram encurralados em seu
campo de defesa. Eles tiveram a felicidade de achar um gol logo de cara, depois
disso só deu Palmeiras. Jogamos acima do esperado, pois o time ainda estava em ritmo
de ressaca após o título da Copa do Brasil.
Caso Valdívia não
perdesse o pênalti logo no começo do segundo tempo, o Palmeiras poderia virar o
jogo. Oportunidade para a virada até tivemos, mas o Maikon Leite foi o Maikon
Leite de sempre, não soltando a bola em dois contra ataques que poderiam
resultar no segundo gol do Verdão.
A moral dessa partida
foi sentir o quanto o time estava leve e ao mesmo tempo compenetrado após o
título, que tirou toneladas das costas do Palmeiras, além disso os adversários começaram
a sentir o peso de um Palmeiras Forte, Gigante que vai incomodar qualquer time
que formos enfrentar e a nossa torcida voltou a confiar em um time que há pouco
mais de 40 dias era sinal de desconfiança total referente às perspectivas que o
time demonstrava para o restante da temporada.
Gigante pela Própria
Natureza
Com 11 desfalques e
mais a suspensão de Felipão, o Palmeiras voltou ao palco da conquista do título
da Copa do Brasil, uma semana depois da façanha que abriu um horizonte muito
positivo para os próximos meses. As coxinhas, abaladas e neuróticas com a
arbitragem, até acharam que era outro time em campo, pois entramos com a nossa
camisa marca texto e um time totalmente desfigurado.
Apesar de todos os
desfalques, Felipão conseguiu montar um esquema com Fernandinho no meio e
Wellington na zaga e logo aos 5 minutos Patrick fez 1 a 0 para o Palmeiras.
Chilique no Green
Paradise!
As coxinhas ficaram mais
queimadas ainda, partiram de forma desesperada para o ataque em busca do gol
que elas achavam que era mais do que justo. Dessa forma o Gigante Palmeiras foi
administrando o jogo, hora controlando a bola, hora o Gigante Bruno aparecia e
resolvia o problema.
Tudo levava a crer que
iríamos ganhar a partida, pois as coxinhas estavam começando a ficar totalmente
descontroladas. Num ataque despretensioso Lincoln, um dos desafetos de Felipão,
cavou um pênalti que não foi marcado pela arbitragem e na volta do cruzamento,
uma falha da marcação deixou o atacante delas livre para empatar a partida.
Confesso que fiquei
mais nervoso nesse jogo do que no da semana passada. Não perder para as coxinhas,
como não perder para os bambis, era questão de honra, o que demonstraria que
temos jogadores aplicados o suficiente para não deixar a peteca cair e mostrar
à todos os adversários que o Palmeiras despertou novamente e, mesmo com os quase
30 anos acumulados sem ganhar título nacionais,
ainda somos o maior vencedor de títulos nacionais no Brasil. Uma façanha que só
merece quem é Gigante Pela Própria Natureza.
Lição de Casa
Final de semana,
domingo de sol, jogo no horário clássico das 16 horas. O cenário ideal para o
Verdão mostrar que está voltando ao seu lugar de direito. O Náutico era o
adversário ideal para praticar a lição de casa.
Com a volta de
Henrique, Valdívia e João Vitor e a reestreia de Obina como titular, o time fez
a lição de casa, não somente no resultado, mas principalmente no desempenho.
Se o jogo contra o
Grêmio pela primeira semifinal da Copa do Brasil deve servir como partida
padrão para enfrentar equipes fortes fora de casa, o jogo desse domingo contra
o Náutico deixou como referência como o Palmeiras deve se comportar na grande
maioria dos jogos em casa, independente se a equipe adversária seja mais fraca
ou mais forte que o Palmeiras.
O clássico 3 a 0 de hoje
tirou o Palmeiras do G -4 e deu moral para Obina, Wellington e Marcio Araújo,
consolidou a boa fase de Valdívia, Henrique e Mazinho e vai colocando o
Palmeiras em uma posição mais tranquila na tabela, para podermos focar na Copa
Sulamericana no segundo semestre.
Computando os 03
jogos, foram 5 pontos em 9, sendo que os dois empates foram em condições fora
do padrão, com o time de ressaca no jogo contra os bambis e com o time
totalmente desfigurado contra as coxinhas. Um aproveitamento de 55%, muito bom
para os prognósticos futuros.
Agora temos Bahia em
casa e o Cruzeiro em BH no próximo final de semana, 4 pontos na conta deve ser
a meta para esses dois jogos.
Acho que deu para escutar
o disco, gravar na fita K7 e depois escutar o rádio não é?
Uma boa semana à
todos.
Bense, muito interessante a alusão entre o passado da tecnologia e o nosso verde.
ResponderExcluirTalvez só quem escutou um pipocar do vinil ou voltou uma fita K7 com a caneta tenha a visão exata do que você disse.
Mais uma vez vc foi pontual na análise, parabéns por mais um texto enriquecedor.
Beijo.
Adriano Paciello